A terapia cognitivo comportamental ou TCC é uma forma de tratamento psicológico que parte do pressuposto da combinação de duas linhas teóricas. A cognitivista que  entende que as interpretações do eventos geram sofrimento e não necessariamente a realidade em si. E a outra linha que se chama behaviorista, essa corrente compreende que a mudança de comportamentos pode alterar hábitos, principalmente  os considerados disfuncionais. 

A habilidade  de pensar (cognição) sobre o pensar, também chamada de metacognição ou automonitoramento, quando conseguimos desenvolver um recurso de distanciamento de nossos comportamentos e pensamentos, como se estivéssemos num jogo em terceira pessoa ajuda a compreender os fenômenos comportamentais.

A metacognição tende a ser mais sofisticada em pacientes que fazem terapia por mais tempo e é um dos recursos indispensáveis para podermos reinterpretar a maneira como enxergarmos o mundo. 

Boa parte do sofrimento psíquico se instala pela rigidez na forma como entendemos as situações ao nosso redor e menosprezamos questões importantes sem nos darmos conta disso.

Isso também não quer dizer que os eventos externos não gerem sofrimento, eles são, sem sombra de dúvida, responsáveis por muitas coisas dolorosas em nossas vidas. A terapia funciona como uma oportunidade de ampliar o olhar sobre outros aspectos transformadores que estão ocorrendo ao nosso redor e fazer com que possamos seguir adiante.

Vale lembrar que a dupla terapêutica (paciente e terapeuta) precisam estar sintonizados e engajados para um bom andamento no processo da terapia. Provavelmente a dupla encontrará uma série de desafios e juntos desenvolverão formulações para compreender o universo psíquico. Terapeuta e paciente sofrem transformações nessa jornada e essa vivencia talvez seja uma parte intransferível daquele espaço de troca.

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