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Você pode estar negligenciando sua espontaneidade. Saiba o porquê.


Não é de ficar surpreso quando pacientes que estão em psicoterapia questionam o que fazer em determinadas situações, como se existisse um protocolo exato para cada demanda do dia a dia, além do mais, com um alto nível de exigência na obtenção de resultados. “Se eu me sentir triste, tenho que ter pensamentos felizes...”; “Se eu ficar desempregado, vou fazer um intercâmbio...”; "O que eu digo pra ele/ela quando estiver na festa?"

Temos a tendência de investir naquilo que é conhecido e comprovadamente certo em termos de resultados de comportamento, ainda mais, quando a sensação de pertencimento é forte perante a um grupo. O que os olhos veem e o cérebro interpreta como digno de ser replicado, provavelmente será usado no futuro. A aposta pode ser válida, entretanto, quando de fato estamos executando algo como realmente compreendemos? Na medida em que o indivíduo se desenvolve numa sociedade que impõe um padrão mais competitivo e rigoroso de desempenho, permeado por métodos e técnicas para atender as mais diferentes necessidades (não havendo crítica sobre esse fenômeno), o lado criativo e artístico fica de certa maneira mais sujeito a oprimir-se dando espaço para padrões menos flexíveis do pensar e da expressão das necessidades mais íntimas, ou seja, de mostrar quem realmente se é. O que fica mais latente dentro deste contexto é uma falsa sensação do que se quer para si próprio, isto é, um vazio na orientação para os seus próprios desejos, sendo que são eles na vida adulta que auxiliam na navegação para a satisfação pessoal convergindo à independência. Ser espontâneo pode ir contra o que muitas vezes é esperado socialmente e, mesmo assim funcionar muito bem, este comportamento acompanhado de conhecimento prévio se converte naquilo que se chama de autêntico. A autenticidade não quer dizer algo exclusivo, mas é uma forma muito peculiar do indivíduo se manifestar ou fazer alguma coisa. Neste novo modelo estão impressas nossas experiências, sentimentos e verdades. É o começo do ápice na transformação da aprendizagem da melhor maneira de se compreender, é aquilo que em outro momento foi indispensável um registro copiado no âmbito mais literal e que agora não se fazem mais necessárias comparações tão rígidas. Esse momento especial é o amadurecimento de um conglomerado distinto de ideias, estão inseridos nele virtudes como: a audácia de uma criança sem medo de errar e a sabedoria do adulto na sua melhor capacidade de discernir o certo do errado. Leva-se em consideração neste momento toda bagagem de vida, intelectual e emocional, desapegando-se de certezas que anteriormente eram pilares e agora passam a não ter tanto valor.

Não é fácil ser autêntico e espontâneo, pois eventualmente ficamos expostos a rejeição social, mas por outro lado pode ser mágico experimentar a plenitude de agir e se expressar de acordo com o que se acredita genuinamente. Ouse apenas um dia e sinta a sensação de liberdade em ser autêntico. Cuidado com o que os outros dizem ou com os padrões que a sociedade estabelece, pare e reflita sobre o que realmente é importante para você, pois somente este autoconhecimento permite-nos saber do que precisamos para desfrutar das coisas que possuem um real significado e viver a vida na sua totalidade.

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